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Castelo de Farinha: Na surdina, Paulo Câmara extingue delegacia comandada por Delegada que prendeu empresários com contratos milionários com a Prefeitura do Recife e com o governo de Pernambuco

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Delegada Patrícia Domingos em entrevista coletiva sobre Operação Castelo de Farinha que colocou na prisão empresários do ramo de alimentação investigados por fraudes em licitações e até ameaças de morte contra licitantes (Foto: PCPE)

O Blog da Noelia Brito teve acesso, com exclusividade, a um Projeto de Lei do Governador Paulo Câmara, a ser enviado à ALEPE, pelo qual o Governador extingue a Delegacia de Polícia dos Crimes contra a Administração Pública - DECASP e a Delegacia de Polícia dos Crimes Contra a Propriedade Industrial - DEPRIN. A extinção das duas delegacias vem  prevista no art. 9º do Projeto de Lei do Executivo Estadual, que cria o Departamento de  Repressão ao Crime Organizado (DRACO), a ser chefiado por um delegado de polícia nomeado em comissão pelo governador e duas delegacias de Combate ao Crime Organizado, sendo uma para atuar no Recife e na Região Metropolitana e a outra no interior do Estado.

Fontes do Blog revelam que a medida visa afastar a delegada titular da Decasp, Patrícia Domingos, do comando das operações de combate à corrupção em Pernambuco, envolvendo empresários e políticos ligados ao PSB, partido do governador Paulo Câmara e de Partidos da base deste e do Prefeito Geraldo Julio e de outros prefeitos ligados ao Governador. Conforme nosso Blog já havia revelado, Lei Federal proíbe a transferência da Delegada imotivadamente (Leia em Máfia da Merenda estaria pressionando Governador Paulo Câmara para afastar delegada Patrícia Domingos que desbaratou esquema da ORCRIM. PF também investiga mesma máfia) A extinção da Decasp, portanto, seria uma maneira de burlar a Lei Federal. Ocorre que a se confirmar o afastamento da Delegada Patrícia Domingos, por força da extinção da delegacia por ela titularizada, restará caracterizado o desvio de finalidade da Lei, tornando-a passível de questionamentos inclusive pelo MPPE, pelo TCE e pelo MPCO.

Uma operação comandada pela Delegada Patrícia Domingos - Castelo de Farinha - levou à prisão empresários com relações históricas com o PSB, partido de Paulo Câmara e que detém contratos milionários não apenas com Prefeituras comandadas por aliados do governador, como o Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, cujo prefeito foi preso hoje pela Polícia Federal por suspeita de recebimento de propina para aplicar recursos da Previdência dos Servidores em títulos podres e do Recife, Geraldo Júlio, cujos contratos da merenda com a mesma empresa - a Casa de Farinha - também são investigados com lentes e zoom, pela Polícia Federal e pela própria delegada da Decasp, mas ainda com as Secretarias de Educação, de Ressocialização e de Saúde do Estado, fornecendo para escolas, presídios e para o Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco.

Operação Abismo: Lista de presos inclui além do prefeito Lula Cabral, advogado e pastor lobista preso na Torrentes. Conheça os nomes!

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Lula Cabral é prefeito do Cabo de Santo Agostinho e considerado um dos políticos mais influentes do Partido em Pernambuco (na foto, Lula Cabral aparece ao lado do senador Humberto Costa, do PT e do presidente do PSB, Sileno Guedes, Secretário de Governo da Prefeitura do Recife, comandada por Geraldo Júlio, também do PSB)


O Blog da Noelia Brito obteve, com exclusividade, a Lista dos investigados pela Operação Abismo, da Polícia Federal, que prendeu hoje o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, do PSB, por suspeita de recebimento de propina para gastar R$ 90 milhões da Previdência dos Servidores Municipais daquele Município com "títulos podres".

O relator do processo Nº  0000295-31.2017.4.05.0000, DES. FED. EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR, recebeu 15 pedidos de prisão pela Polícia Federal, mas autorizou somente as seguintes:

PRISÕES PREVENTIVAS :
1.DANIEL PEREIRA DA COSTA LUCAS (advogado, pastor evangélico e lobista)
2.FABRICIO FERNANDES FERREIRA DA SILVA (Corretor da Corretora Gradual, sócio e diretor da OAK Asset Management)
3.FERNANDA FERRAZ BRAGA DE LIMA E FREITAS (controladora da Corretora Gradual)
4.GABRIEL PAULO GOUVEIA DE FREITAS JUNIOR (controlador da corretora Gradual)
5.GEAN IAMARQUE IZIDIO DE LIMA (consultor de valores imobiliários)
6.JOSÉ BARBOSA MACHADO NETO (Sócio da BittenPar)
7.JOSÉ CARLOS LOPES XAVIER DE OLIVEIRA (ex-presidente no Brasil do banco BNY Mellon)
8.LUIZ CABRAL DE OLIVEIRA FILHO (prefeito do Cabo de Santo Agostinho)

BUSCA E APREENSÃO:
1. QUITÉRIA KERLY GUEDES DE LIRA  (Advogada)

As empresas que teriam participado das fraudes na gestão dos fundos da CABOPREV são a TERRA NOVA GESTÃO DE RECURSOS LTDA  e  BRIDGE ADMINISTRADORA DE RECURSOS LTDA, esta última já investigada nas Operações PAUSARE, RIZOMA e ENCILHAMENTO, da Polícia Federal, bem como na CPI dos Fundos de Pensão.

Ainda segundo nossas fontes, informações vitais para o desencadeamento da Operação teriam sido obtidas a partir da prisão, na Operação Torrentes, do advogado e pastor Daniel Pereira da Costa Lucas, quando da perícia realizada pela Polícia Federal em seu celular.

Daniel Lucas é apontado como lobista e em seu celular teriam sido resgatadas mensagens que revelaram a existência do esquema fraudulento no Cabo, que teria o próprio Daniel Lucas como intermediário entre o prefeito Lula Cabral e as empresas fraudadoras.



Operação Abismo: Lobista distribuiu mais de R$ 4 milhões em propina por meio de laranjas para pagar fraude milionária à Previdência dos servidores do Cabo de Santo Agostinho, revelam mensagens obtidas em celulares apreendidos na Operação Torrentes

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Prefeito Lula Cabral, do Cabo, em evento social com o governador Paulo Câmara e o deputado federal eleito João Campos, ambos aliados políticos do prefeito que se encontra recolhido ao Cotel, por determinação do desembargador federal Edilson Pereira Junior, acatando representação da Polícia Federal, em Pernambuco

Conforme nosso Blog já havia antecipado, a Operação Abismo, que levou o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, do PSB, à prisão por suspeita de corrupção passiva e gestão fraudulenta dos recursos da Previdência dos Servidores do Município, é um desdobramento das Operações Torrentes I e II, que, por sua vez, desbaratou uma organização criminosa especializada em fraudar licitações e em corromper agentes públicos da Casa Militar do Governo estadual de Pernambuco, para desviar recursos que deveriam ter sido destinados às vítimas das enchentes da Mata Sul de Pernambuco.

A partir de perícias realizadas pela Polícia Federal em aparelhos celulares apreendidos na casa do lobista Daniel Pereira da Costa Lucas, a autoridade policial obteve planilha com distribuição de valores, bem como várias referências a ajustes de pagamentos de propina e mensagens com tratativas sobre a participação do prefeito Lula Cabral na fraude que teria causado prejuízos superiores a R$ 92 milhões ao Fundo Previdenciário dos Servidores do Cabo.

De acordo com nossas fontes, o inquérito da Operação Abismo apurou que o advogado e pastor evangélico Daniel Lucas, que já fora preso na Torrentes (Leia em ASSALTANTE DE BANCOS ERA O LOBISTA QUE INTERMEDIAVA CONTRATOS ENTRE EMPRESÁRIOS E GOVERNOS DE PERNAMBUCO E MARANHÃO, REVELA OPERAÇÃO TORRENTES II DA POLÍCIA FEDERAL) e que já chegou a cumprir pena por assaltos a bancos, teria atuado com lobista junto ao prefeito do Cabo, Lula Cabral, do PSB, atualmente preso preventivamente no COTEL, promovendo encontros entre o prefeito e os representantes da empresa Terra Nova Gestão de Recursos, de nomes Anísio Mendes, Gean Iamaque Izidio de Lima e Marco Aurélio Carvalho das Neves, com vistas à transferência de R$ 92.920.000,00 (noventa e dois milhões e novecentos e vinte mil) da Caboprev, que estavam aplicados em investimentos seguros, junto à Caixa Econômica Federal, para "títulos podres" indicados pela Terra Nova e administrados pela Bridge Administradora de Recursos Ltda, empresas sabidamente alvo de várias operações da Polícia Federal por fraudes contra Fundos Previdenciários de diversos municípios do País (Leia em Sócios da Gradual são presos novamente em investigação de suposta fraude em fundo de pensão).

O inquérito apurou que a obtenção da transferência dos recursos aplicados na CEF para os Fundos da Terra Nova/Bridge teriam se dado mediante o pagamento de propina ao prefeito Lula Cabral, em associação com seu genro, André da Câmara Barros Maciel, possivelmente em espécie, muito embora, não se tenha ainda apurado o montante dessa propina, que, de acordo com a Polícia Federal, teria sido oferecida pelo lobista Daniel Lucas e por representantes da Terra Nova. Ainda segundo a Polícia Federal, os gestores da Terra Nova também teriam recebido vantagens indevidas para indicar o investimento fraudulento, o que é vetado por Instrução Normativa da CVM. 

Pelo menos R$ 4.094.000,00 (quatro milhões e noventa e quatro mil reais), pagos a título de propina, teriam sido distribuídos pelo lobista Daniel Lucas para operacionalizar a fraude na Previdência do Cabo. Esses valores foram obtidos, pela PF, em uma Planilha encontrada no celular de Daniel Lucas, durante as buscas e apreensões da Operação Torrentes. Esses recursos teriam origem nos desvios patrocinados pelo Prefeito Lula Cabral na Caboprev.

Para o recebimento das propinas, os investigados teriam se utilizado de interpostas pessoas, os chamados "laranjas".

A Polícia Federal também rastreou pagamentos  a título de "comissões", feitos pela empresa Bittenpar Participações Ltda., emissora de ativos sem lastro nos quais se concentraram os investimentos da Caboprev, aos representantes da Terra Nova e que foram registrados na Planilha encontrada no celular do lobista Daniel Lucas, para quem a Bittenpar chegou a pagar o aluguel de um jatinho para que se deslocasse do Recife para a cidade de Jundiaí, em 06//11/2017, para recebimento de propina "em espécie". Além disso, a mesma Bittenpar pagou R$ 170 mil à Auto Nunes para custear um veículo Chevrolet S10, em nome de Leonardo Leite da Mota e a aquisição de um Jeep Compass para a esposa do próprio Daniel Lucas. As duas aquisições dos veículos se encontram registradas na Planilha de distribuição dos mais de R$ 4 milhões que teriam origem na Caboprev, como pagamento pela fraude na instituição.

Os crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro teriam sido demonstrados  por meio de conversas resgatadas pela Polícia Federal no celular de Daniel Lucas, realizadas no aplicativo WatsApp, de acordo com o inquérito, com destaque aos trechos em que são imputadas a Lula Cabral que este teria "comprado a ideia" da fraude e  que ainda teria perguntando como os corruptores iriam "resolver a vida dele".

Leonardo Leite da Mota, para quem a Bittenpar teria pago um veículo avaliado em R$ 170 mil, operação confirmada à Polícia Federal pela própria Auto Nunes, ao depor na Polícia Federal assumiu ser funcionário da empresa DTI Soluções Tecnológicas, empresa que mantém contratos de locação de veículos com o Município do Cabo e que pertenceria a Ana Claudia Azevedo Ribeiro, já indiciada por formação de quadrilha e concussão no Inquérito 262/2011, que apurou a formação de caixa dois para a reeleição do então prefeito de Jaboatão dos Guararapes, em 2008. Leonardo Mota teria o mesmo endereço comercial de Daniel Lucas, na Torre A do empresarial Rio Mar Trade Center. Nas mesmas salas do Rio Mar também estaria registrada a empresa Newtwch Soluções, de propriedade da mesma Ana Clúdia Azevedo Ribeiro que aparece como dona da empresa que loca veículos para o Cabo, a DTI Soluções.

Para corroborar os indícios de que a viagem de Daniel Lucas a Jundiaí, em jato fretado pela Bittenpar,  fora para o recebimento de propina em espécie, a autoridade policial, ao representar pela prisão preventiva dele e do prefeito, menciona um diálogo entre Daniel Lucas e Marco Aurélio Carvalho das Neves, representante da Terra Nova, onde Daniel Lucas afirma que o prefeito Lula Cabral estaria tranquilo, depois do "colírio". Além disso, outro diálogo resgatado do celular de Daniel Lucas com o genro de Lula Cabral, André Câmara Barros Maciel, ocorrido logo após a aterrisagem do jatinho fretado pela Bittenpar, já retornando de Jundiaí, na madrugada do dia 07/11/2017, quando André Câmara avisa a Daniel Lucas que já"estava chegando". Na sequência, Daniel Lucas pergunta um número de uma conta para fazer um depósito, conta esta que já teria sido solicitada por duas vezes pelo representante da Terra Nova. Duas horas após esse contato, um novo contato é feito com Marco Aurélio para lhe informar um conta de depósito em nome da advogada Quitéria Kelly Guedes de Lira, conta esta que recebeu R$ 47 mil, que também está registrada no Empresarial Rio Mar Trade Center como vinculada às salas onde ainda estão registrados o escritório de de Daniel Lucas, de Leonardo Mota e de Ana Claudia Azevedo.

As imagens resgatadas do celular de Daniel Lucas mostram a distribuição dos R$ 4 milhões por contas de terceiros, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, o que levou a Polícia Federal a crer que essas contas teriam sido utilizadas para "lavagem" da propina.

SAIBA MAIS:











Operação Abismo: Lula Cabral seria "cartão de visitas" para Orcrim desviar recursos previdencários em outros Municípios de Pernambuco. Gravatá e Bezerros já teriam acertado até percentual, revelam conversas interceptadas entre presos na Operação

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A Polícia Federal apurou que vários municípios pernambucanos estariam sendo assediados pela quadrilha presa na semana passada, no âmbito da Operação Abismo, para que as mesmas fraudes praticadas no Município do Cabo de Santo Agostinho, onde mais de R$ 92 milhões dos recursos da previdência dos servidores foram desviados por meio de aplicações em títulos podres, também fossem realizadas.

A interceptação de diálogos realizados em dezembro de 2017, entre os investigados Daniel Lucas, conhecido lobista que já fora preso na Operação Torrentes e Anízio Mendes, representante da Terra Nova, empresa cujos sócios já haviam sido presos na Operação Encilhamento,  pelas mesmas fraudes,  revelou que pelo menos dois outros Municípios já teriam contactado diversos municípios da Paraíba e de Pernambuco, com previsão de que arrecadassem, somente em janeiro de 2018, pelo menos R$ 50 milhões com os desvios nesses municípios.

Outro áudio interceptado na Operação Torrentes revela um diálogo entre Deodoro Francisco da Silva Filho e o lobista Daniel Lucas onde o primeiro comunica ao segundo que já teria fechado um acerto nos Municípios de Gravatá e Bezerros, onde o contato seria uma pessoa chamada Acenildo de Souza Silva, conhecido como "Nido", que teria informado a Deodoro que até o percentual da propina estaria acertado: "1 para o prefeito e 1 para ele". Deodoro então pede para que Daniel Lucas informe isso aos "aos meninos, o Leonardo e a Zélia"

Outro áudio, interceptado na Torrentes revela que a organização criminosa considerava o prefeito Lula Cabral, preso na Operação Abismo, em razão do contrato com o Cabo de Santo Agostinho, uma espécie de "cartão de visitas" que lhes abriria as portas para a prática dos mesmos desvios em outros Municípios. Na conversa, realizada em setembro de 2017, entre Daniel Lucas e Gean Lima, da Terra Nova, o primeiro conta que estaria num restaurante esperando a chegada do prefeito do Cabo, Lula Cabral e que este iria chamar um grupo de prefeitos amigos dele pra também fecharem com os fraudadores: "É, nós estamos aguardando aqui eu e Leonardo, aguardando, já que a pessoa que vem tá praticamente resolvido né, o CABO tem 174.300 (cento e setenta e quatro e trezentos) e decisão já 99% tomada né, como a gente focou nisso aí. Agora é só a gente sentar com o pessoal que tá chegando daqui a pouco, que é o número 1 que está chegando aqui para a gente no restaurante nós já vamos almoçar e está praticamente decidido já, ele já no fim de semana conversou, analisou e tudo e aí agora é o nosso cartão de visitas, né, fechando lá ele inclusive vai chamar um grupo já de prefeitos amigos dele e vão fechar também, mas agora de cara estou dando a notícia em primeira mão CABO DE SANTO AGOSTINHO tem 174.300 e o homem comprou a ideia viu, tem o controle de 100% da turma que trabalha no órgão né, e ele mesmo já tá querendo saber é como é que eu vou resolver a vida dele, eu digo venha senhora pra gente combinar ahahahah viu?"

Consultamos os Portais da Transparência dos Municípios de Gravatá e Bezerros e constatamos que em ambos inexistem informações sobre as aplicações dos recursos da Previdência de seus servidores, não sendo possível, ainda, confirmar se naqueles Municípios foram efetivadas as mesmas fraudes que foram perpetradas no Cabo de Santo Agostinho. Entretanto, a falta de transparência quanto a essas informações já é motivo suficiente para que o TCE/PE e o MPPE com atuação naqueles Municípios entrem em ação para obrigá-los a cumprir a legislação que impõe às prefeituras obrigação de transparência com relação a esse tipo de informação.

SAIBA MAIS

Operação Abismo: Intermediário entre prefeituras de Gravatá e Bezerros e esquema que fraudava previdências dos municípios, "Dorinho" já teve prisão preventiva decretada por estelionato e ainda responde por homicídio, ameaça e porte ilegal de arma

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Áudio interceptado na Operação Torrentes, em buscas e apreensões realizadas pela Polícia Federal naquela Operação, revela um diálogo entre Deodoro Francisco da Silva Filho e o lobista Daniel Lucas onde o primeiro comunica ao segundo que já teria fechado um acerto nos Municípios de Gravatá e Bezerros, onde o contato seria uma pessoa chamada Acenildo de Souza Silva, conhecido como "Nido", que teria informado a Deodoro que até o percentual da propina estaria acertado: "1 para o prefeito e 1 para ele". Deodoro então pede para que Daniel Lucas informe isso aos "aos meninos, o Leonardo e a Zélia"


Acontece que Deodoro Francisco da Silva Filho, vulgo "Dorinho", assim como o próprio Daniel Lucas, já é velho conhecido da Justiça e já teve, inclusive, sua prisão preventiva decretada pelo Juiz de Direito Ivan Alves de Barros, da 8ª Vara Criminal da Capital, por estelionato. Segundo o Ministério Público de Pernambuco, Dorinho comandaria, por intermédio de uma rede de "laranjas", várias empresas de segurança armada. Docinho foi denunciado, juntamente com Marcelo Macedo Conrado, Alexandra Cintra Leonardo, Sueli da Silva Santos e Jonas Ferreira da Silva Sobrinho por falsificação da assinatura de um desembargador e ainda falsificaram selo de um Cartório de modo a certificar, falsamente a assinatura.



Por intermédio de sócios-laranjas, "Dorinho" administrava as empresas de segurança armada Extra Segurança e Vigilância, Pro Sat Segurança, Móveis Espetacular e Mercantil Incorporadora. Além disso, "Dorinho" já respondeu pelo crime de Ameaça e atualmente responde por um homicídio que teria sido praticado na Comarca de Jaboatão dos Guararapes.

Por sua vez, Jonas Ferreira da Silva Sobrinho, que também teve sua prisão preventiva decretada por ser um dos sócios laranjas de Deodoro, vulgo "Dorinho", além de responder por porte ilegal de arma na Comarca de Gravatá, reponde por dois homicídios na Comarca da Capital, tudo de acordo com o decreto de prisão preventiva que pode ser lido na íntegra AQUI.

Na decisão que decretou a preventiva de Dorinho, o magistrado ressaltou "que os denunciados são destemidos, afoitos mesmo, não possuindo qualquer temor em relação à conduta delituosa que, por conta de fortes indícios, lhes são imputadas.":




SAIBA MAIS




IPSEG esclarece que todos os investimentos e aplicações da previdência dos servidores de Gravará encontram-se na CEF e no BNB desde sua fundação, em 2009

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Com relação a matéria publicada em nosso Blog na manhã de hoje, reproduzindo diálogo interceptado em celulares de denunciados na Operação Torrentes e que contribuíram para desencadear a Operação Abismo, que investiga fraudes na Previdência do Cabo de Santo Agostinho, o Instituto de Previdência dos Servidores de Gravatá (IPSEG) nos enviou a nota que reproduzimos a seguir, na íntegra, juntamente com declaração da Caixa Econômica Federal que corrobora a mencionada nota, no sentido de que os recursos geridos pela IPSEG estão depositados naquele banco público e no Banco do Nordeste do Brasil,  desde a fundação daquele, não havendo registro de transferência para outras instituições desde então:

"Por meio de nota de repúdio, o Instituto de Previdência dos Servidores de Gravatá
(IPSEG) esclarece que todos os investimentos e aplicações financeiras da previdência encontram-se na Caixa Econômica Federal desde a criação do IPSEG, não havendo qualquer transferência de recursos para aplicações em outra instituição financeira. Todas as informações oficiais estão disponíveis para consulta através do site cadprev.previdencia.gov.br.

O Instituto reafirma seu papel de transparência e compromisso com os aposentados e pensionistas de Gravatá e se dispõe para qualquer esclarecimento, caso seja necessário."



Petrolina e Jaboatão também investiram recursos da previdência dos servidores em papeis das corretoras Gradual e Bridges, cujos donos foram presos na Operação Abismo que levou o prefeito do Cabo à prisão

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Fernanda de Lima, sócia da Gradual, foi presa na Operação Abismo, que apura fraudes na Previdência do Cabo de Santo Agostinho. A empresária já havia sido presa pelos mesmos delitos na Operação Encilhamento (Foto: Valor Econômico)


A Operação Abismo, da Polícia Federal, desbaratou, na semana passada, uma organização criminosa especializada em subornar agentes públicos para que transferissem recursos das Previdências Municipais para aplicações em Fundos de alto risco e até em títulos podres.

A Operação teve como alvos principais, além do Prefeito do Cabo de Santo Agostinho,  Lula Cabral, que foi preso na Operação, um lobista responsável por fazer a ponte entre os gestores e as empresas golpistas, todas já alvo de outras Operações da Polícia Federal por fraudes contra Fundos Previdenciários (Leia mais em Operação Abismo: Lobista distribuiu mais de R$ 4 milhões em propina por meio de laranjas para pagar fraude milionária à Previdência dos servidores do Cabo de Santo Agostinho, revelam mensagens obtidas em celulares apreendidos na Operação Torrentes)

Entre as empresas alvos das Operações Encilhamento, Papel Fantasma e Abismo destacam-se a Gradual Corretora, que já foi inclusive liquidada pelo Banco Central e a Terra Nova / Bridges.

A presidente da Gradual Investimentos, Fernanda Lima, assim como outros executivos da corretora foram presos em abril, pela Polícia Federal no âmbito da Operação Encilhamento, por suspeita de envolvimento em esquema de fraudes de R$ 1,3 bilhão contra sistemas de previdência de pelo menos 28 municípios em sete Estados. Outro executivo preso da corretora foi Gabriel Paulo Gouvea de Freitas Junior. Os três voltaram a ser presos na Operação Abismo, da Polícia Federal em Pernambuco, por fraudes previdenciárias no Cabo de Santo Agostinho.

A Operação Encilhamento é a segunda fase da Papel Fantasma, que apura fraudes envolvendo a aplicação de recursos de institutos de previdência municipais em fundos de investimento. 

Na Encilhamento e na Papel Fantasma, os donos da Gradual respondem por crimes por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, com penas de dois a 12 anos de prisão. A Gradual também é gestora de pelo menos dois fundos que são investigados pela Abismo por terem recebido aplicações de recursos da Previdência do Cabo de maneira ilícita, segundo aponta a Polícia Federal.

Consulta ao CADPREV - Sistema de informações dos Regimes Públicos de Previdência Social - revela que o IGEPREV, Instituo de Previdência do Município de Petrolina,  credenciou a GRADUAL CORRETORA DE CÂMBIO E TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS, no dia 24/10/2017, vindo a aplicar um total de R$ 5.426.776,00 nos Fundos geridos pela Gradual ATICO RENDA FUNDOS DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS (VALOR: R$ 2.814.283,00) e LEME IPCA MULTISETORIAL SENIOR (R$ 2.612.493,00).

GRADUAL CORRETORA DE CÂMBIO E TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

CREDENCIAMENTO NA IGEPREV (PETROLINA): 24/10/2017
FUNDOS CREDENCIADOS: ATICO RENDA FUNDOS DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS   VALOR: R$ 2.814.283,00
E LEME IPCA MULTISETORIAL SENIOR: R$ 2.612.493,00
TOTAL: R$ 5.426.776,00










Por outro lado, observa-se que a empresa Bridge Administradora de Recursos além de ter seus dirigentes como alvos da Operação Abismo, foi alvo da Operação Pausare que investiga fraudes contra os Fundos de Pensão das estatais, tais como Correios e Petrobras.

Apesar disso, observa-se que a Bridge também foi credenciada pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, coincidentemente na mesma data em que a Gradual, que já foi associada da Bridges, foi credenciada pela Prefeitura de Petrolina.

Com o credenciamento, foi possível à JaboatãoPrev aplicar no Fundo Tower Brigde, o valor de R$ 1.945.669,00, tudo conforme dados oficiais registrados no CADPREV do MPAS:

BRIDGE ADMINISTRADORA DE RECURSOS
CREDENCIAMENTO PELA JABOATÃOPREV: 24/10/2017
APLICAÇÃO NO FUNDO TOWER BRIDGE RENDA FIXA IMA-B.5
VALOR: R$ 1.945.669,00






A Bridges é a mesma investigada pela Operação Abismo que flagrou as fraudes na Previdência dos Servidores do Cabo e que levou o prefeito daquele Município à prisão.

Referida empresa tem como sócio José Carlos Lopes Xavier de Oliveira, alvo das Operações Encilhamento, Pausare e Rizoma por fraudes contra Fundos de Pensão.

Muito embora os Municípios de Petrolina e de Jaboatão não tenham sido alvos da Operação Abismo, restrita até o momento ao Cabo de Santo Agostinho, seria oportuno que as autoridade se debruçassem sobre as aplicações realizadas por esses dois institutos de previdência, uma vez que contrataram com empresas sabidamente envolvidas em fraudes, tendo sido, inclusive, uma delas liquidada pelo Banco Central.


OPERAÇÃO ABISMO: TRF5 DECRETA PRISÃO DE MAIS UM EMPRESÁRIO E PRORROGA PRISÕES TEMPORÁRIAS. PREFEITO DO CABO SEGUE PRESO PREVENTIVAMENTE

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Prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, segue preso preventivamente no Cotel

A Policia Federal, por sua assessoria de comunicação, acaba de confirmar que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região decretou a prisão de mais um suspeito de envolvimento na Operação Abismo, que desbaratou uma organização criminosa responsável por fraudes na Previdência dos Servidores do Cabo de Santo Agostinho.

De acordo com a nota, com a prisão de ontem, realizada em Boa Viagem, por volta das 22 horas, quando o empresário chegava em sua residência, subiu para 23 o número de prisões decretadas na Operação. Logo após tomar ciência de sua prisão, o empresário que não teve o nome revelado, em razão do sigilo do inquérito mantido pelo desembargador relator, apesar de pedidos da PF e do MPF para que o sigilo fosse levantado, foi encaminhado para o COTEL.

Ontem também foram renovadas por mais 5 dias todas as prisões temporárias e os materiais apreendidos de outros estados já estão começando a chegar em Recife/PE, onde passarão por análise e perícia especializada – Dentre as apreensões estão dinheiro, carros de luxos, equipamentos de informática e documentos fiscais.



Prefeitura de Bezerros nega irregularidades nas aplicações dos recursos da Previdência Municipal. Leiam nota enviada ao Blog

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A exemplo da Prefeitura de Gravatá, a Prefeitura de Bezerros também nega, por meio de Nota de Repúdio, qualquer irregularidade na aplicação dos recursos do Fundo Previdenciário daquele Município e envia declaração da CEF certificando que todas as aplicações das contribuições previdenciárias estariam depositadas na Caixa Econômica Federal desde 01/01/2017 e que suas movimentações financeiras estariam disponíveis no seu Portal da Transparência. Segue a nota na íntegra:

"A Prefeitura de Bezerros, através do Instituto de Previdência Municipal de Bezerros (IPREBE), vem por meio desta, esclarecer que não existe desvio de recursos nem recebimento de propina pela Prefeitura de Bezerros na Operação Abismo. Todas as movimentações financeiras da gestão municipal estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência, no site institucional da Prefeitura (www.bezerros.pe.gov.br). Vale salientar que o município está em 15º lugar entre os 185 municípios pernambucanos no Índice de Transparência Municipal, de acordo com levantamento anual realizado pelo Tribunal de Contas durante o ano de 2017. Em tempo, a Prefeitura informa que todas as aplicações e investimentos da previdência encontram-se na Caixa Econômica Federal, nos termos da Resolução CMN 3922/2010, que dispõe acerca das aplicações dos recursos dos regimes próprios de previdência social. Em anexo, segue declaração da Caixa Econômica Federal (agência Bezerros)"





Diferentemente da documentação enviada ao Blog pela Prefeitura de Gravatá, não foi possível, porém, confirmar se no período anterior a 01/01/2017 foi feita alguma movimentação dos recursos da previdência de Bezerros para outras entidades, ou se existem aplicações em outros bancos além da própria Caixa Econômica, já que a própria declaração da Caixa Econômica Federal limita sua abrangência ao período de 01/01/2017 a 22/10/2018, ao passo que a declaração enviada por Gravatá atesta que desde a criação do Fundo, ocorrida em 2009, jamais houvera esse tipo de movimentação.

Por outro lado, ao tentarmos confirmar os esclarecimentos da Prefeitura de Bezerros com os dados do Portal CADPREV. do Ministério da Previdência Social pelo link https://cadprev.previdencia.gov.br/Cadprev/faces/pages/modulos/dair/consultarDemonstrativos.xhtml obtivemos como resposta para os anos de 2017 e 2018, sobre a prestação de contas de Bezerros que inexistiam quaisquer informações disponíveis, não ficando claro se aquela Prefeitura deixou de informar ao MPAS sobre sua movimentações financeiras referentes ao Fundo Previdenciário. A Prefeitura de Bezerros ainda informa que todas as suas movimentações financeiras estariam disponíveis no Portal da Transparência (http://www.transparencianomunicipio.com.br/portal/v81/pt_home/pt_home.php), entretanto, os extratos referentes às movimentações do Fundo Previdenciário não estão ali acessíveis.







OLHOS DE LINCE: OPERAÇÃO DE COMBATE A CRIMES ELEITORAIS TEM MANDADO CUMPRIDO EM PERNAMBUCO E EM OUTROS TRÊS ESTADOS

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Brasília/DF- A Polícia Federal desencadeou, hoje (23/10), a Operação Olhos de Lince, que executa nove ações simultâneas com o intuito de coibir crimes relacionados às eleições de 2018.

Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Uberlândia/MG e Caxias do Sul/RS; bem como sendo lavrados cinco Termos Circunstanciados de Ocorrência, com a intimação dos investigados para oitiva, nos municípios de Juiz de Fora/MG, Varginha/MG, Recife/PE e Caxias do Sul/RS. As ações fazem parte das atividades realizadas pelo Centro Integrado de Comando e Controle Eleitoral – CICCE/2018 e são resultado do trabalho desenvolvido pela Polícia Federal no acompanhamento das redes sociais com o objetivo de identificar e de evitar possíveis crimes eleitorais e ameaças aos candidatos que concorrem ao pleito.

Para a identificação dos investigados foram utilizadas técnicas de reconhecimento facial, que por meio de critérios científicos, permitem a realização de análises e comparações das características faciais tais como como cicatrizes, manchas e proporções, possibilitando a identificação de forma técnica e precisa dos suspeitos. Na ação de hoje, são apurados pela PF, conforme o caso, os crimes de violação do sigilo do voto e de incitação ao crime de homicídio, respondendo, os investigados, na medida de suas participações.

EM RECIFE COM RELAÇÃO A OPERAÇÃO OLHOS DE LINCE – A PF/PE está cumprindo apenas um mandando de intimação onde esse suspeito deverá comparecer e prestar esclarecimento ainda hoje aqui na PF e caso seja comprovada a sua participação ele responderá a um termo circunstanciado de ocorrência dependendo de sua participação nos atos ilícitos! No caso em tela, após análise de materiais veiculados pela internet que tinham relacionamento com delitos, foi possível verificar uma foto postada no Twitter onde o autor do fato mostra a tela de votação da urna eletrônico, através de fotografia tirada com o seu aparelho celular, para o cargo de Presidente da República. Esse crime é o de crime de violação do sigilo do voto com penas de 2 anos de detenção.

* Com informações da Assessoria de Comunicação da PF/PE

OPERAÇÃO ABISMO: PF PRENDE GENRO DE LULA CABRAL QUE APARECE EM ÁUDIO COM LOBISTA QUE INTERMEDIOU AS FRAUDES CONTRA A CABOPREV

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André Maciel, que é genro de Lula Cabral, foi preso no último dia 22, quando chegava em casa, por volta das 22 hs.

A Polícia Federal divulgou, ontem (24), a prisão de um empresário, em Boa Viagem, por participação no esquema que levou à prisão o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, do PSB, por fraudes previdenciárias no valor de R$ 92 milhões, aplicadas na Previdência dos Servidores do Cabo. 
A prisão foi realizada na noite do dia 22, no momento em que esse empresário chegava em casa.

O Blog da Noelia Brito apurou que o preso é o genro de Lula Cabral, André de Câmara Barros Maciel, que é apontado no inquérito da Operação Abismo como cúmplice do sogro recebimento de propina para levar os R$ 92 milhões do Fundo Previdenciário dos Servidores do Cabo para aplicações em títulos "podres".

O inquérito apurou que a obtenção da transferência dos recursos aplicados na CEF para os Fundos da Terra Nova/Bridge teriam se dado mediante o pagamento de propina ao prefeito Lula Cabral, em associação com seu genro, André da Câmara Barros Maciel, possivelmente em espécie, muito embora, não se tenha ainda apurado o montante dessa propina, que, de acordo com a Polícia Federal, teria sido oferecida pelo lobista Daniel Lucas e por representantes da Terra Nova. Ainda segundo a Polícia Federal, os gestores da Terra Nova também teriam recebido vantagens indevidas para indicar o investimento fraudulento, o que é vetado por Instrução Normativa da CVM.

Além disso, diálogo resgatado do celular de Daniel Lucas com o genro de Lula Cabral, André Câmara Barros Maciel, ocorrido logo após a aterrisagem do jatinho fretado pela Bittenpar, já retornando de Jundiaí, na madrugada do dia 07/11/2017, quando André Câmara avisa a Daniel Lucas que já "estava chegando". Na sequência, Daniel Lucas pergunta um número de uma conta para fazer um depósito, conta esta que já teria sido solicitada por duas vezes pelo representante da Terra Nova. Duas horas após esse contato, um novo contato é feito com Marco Aurélio para lhe informar um conta de depósito em nome da advogada Quitéria Kelly Guedes de Lira, conta esta que recebeu R$ 47 mil, que também está registrada no Empresarial Rio Mar Trade Center como vinculada às salas onde ainda estão registrados o escritório de de Daniel Lucas, de Leonardo Mota e de Ana Claudia Azevedo.


Operação Abismo: ex-presidente da Caboprev revelou esquema corrupto comandado por Lula Cabral, em depoimento ao MPPE no Cabo. Prefeito chegou a aumentar alíquota imposta aos servidores para cobrir rombo causado com a fraude

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A prisão preventiva do prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, do PSB, teve por principal motivação, a  possibilidade deste intimidar testemunhas no caso investigado pela Operação Abismo da Polícia Federal, que investiga um esquema criminoso de desvios da ordem de R$ 92 milhões da Previdência dos Servidores do Cabo.

O TRF da 5ª Região, que determinou a prisão, acatou o argumento da Polícia Federal de que Lula Cabral representa risco às investigações, diante da constatação de que logo após a então presidente da Caboprev, Célia Emídio, apresentar sua defesa junto ao TCE/PE, na Auditoria Especial que apura os desvios na Caboprev, o prefeito, que se encontra preso no Cotel, teria exonerado a presidente da autarquia previdenciária e ato contínuo conseguido que a Câmara dos Vereadores aprovasse uma lei permitindo que a Caboprev pudesse ser presidida por pessoa estranha ao quadro efetivo de servidores do Cabo de Santo Agostinho.

SAIBA MAIS

A revelação da manobra de Lula Cabral e a forma como se deu a fraude foi revelada por Célia Emídio ao Ministério Público Estadual de Pernambuco, em depoimentos prestados em julho deste ano, quando se encontrava acompanhada apenas por seu advogado, já que no depoimento anterior, quando acompanhada por representantes da gestão Lula Cabral, nada havia revelado, o que foi interpretado pela Justiça como como fruto de possível intimidação.

Em seu depoimento ao MPPE, Célia contou que estaria com medo e que a ordem para fazer a aplicação dos recursos da previdência em títulos podres da Terra Nova/ foi dada diretamente por Lula Cabral e ainda revelou como se deu a ordem. Segundo Célia Emídio, em seu depoimento à Promotoria de Justiça do Cabo, que em dezembro de 2017, foi chamada ao gabinete de Lula Cabral para tratar de assuntos diversos, oportunidade em que o prefeito a questionou sobre a política de investimentos da Caboprev, sem que entretanto fosse mencionada a Terra Nova. No mesmo dia, porém, representantes dessa empresa a procuraram para que fizesse aplicações em fundos geridos pela entidade, quando teria refutado a possibilidade dessas aplicações em instituição financeira que não fosse a Caixa Econômica Federal. Diante da recusa, Célia Emília teria sido convocada para nova reunião com Lula Cabral, na qual estariam presentes o representante da Terra Nova, conhecido como Lula Lima, e Osvir Thomaz, Secretário de Assuntos Jurídicos do Cabo, quando então teria sido pressionada por Lula Cabral a investir R$ 4,5 milhões dos recursos previdenciários dos servidores em fundos da Terra Nova. Alertado, porém, por Anízio Mendes, de que R$ 88 milhões estariam aplicados em um Fundo da Caixa Econômica Federal (IRFM1), Lula Cabral mandou que todo esse dinheiro fosse resgatado da Caixa Econômica e fosse aplicado nos Fundos podres da Terra Nova, o que foi feito após reunião do Comitê Gestor, sem qualquer análise prévia de viabilidade do investimento.

De acordo, ainda, com o Inquérito nº 3633, da Polícia Federal, Lula Cabral teria, com a ajuda da Câmara de Vereadores do Cabo, aprovado uma alteração na legislação municipal, no final de 2017, para majorar a contribuição dos servidores de 11% para 14% e ainda inserir na base de cálculo da contribuição, parcelas remuneratórias que não serão incorporadas à aposentadoria dos servidores, com isso, teria o prefeito pretendido aumentar a arrecadação da Caboprev com o intuito de suprir o rombo causado pelo desvio por ele comandado, da ordem de R$ 92 milhões e para aumentar a disponibilidade de recursos da entidade, possibilitando, assim, o aumento dos valores passíveis de desvios, tudo às custas dos servidores do Cabo de Santo Agostinho.






CORRUPÇÃO: APÓS DENÚNCIA DO BLOG, SOCIEDADE SE MOBILIZA CONTRA ORQUESTRAÇÃO DE POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS INVESTIGADOS PARA EXTINGUIR DELEGACIA DE COMBATE À CORRUPÇÃO. "GRAMPOS" CONFIRMAM TRAMOIA

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À frente da Decasp, delegada Patrícia Domingos comandou mais de 30 Operações de combate à corrupção e que resultaram na prisão e afastamento de prefeitos, vereadores e empresários pernambucanos.


Não é de hoje que políticos e empresários investigados por corrupção aliados do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Júlio, do PSB, tramam para afastar a delegada Patrícia Domingos do comando da Delegacia de Crimes Contra a Administração Pública, a Decasp, em represália à sua atuação competente e isenta no combate à corrupção em prefeituras e órgãos públicos estaduais de Pernambuco.

As tratativas para afastar a Delegada Patrícia, conhecida como o Sergio Moro de Pernambuco, por ser implacável contra corruptos, já foram flagradas inclusive em interceptações telefônicas feitas com autorização da justiça. Apenas para citar uma dessas investidas de políticos corruptos aliados do governador contra a delegada que combate a corrupção, inclusive de aliados do governo, lembremos dos "grampos" em que o ex-prefeito de Catende, Otacílio Cordeiro e seus aliados do PSB foram flagrados tramando  dar uma surra em público e até mandar matar uma testemunha e ainda o afastamento da delegada Patrícia Domingos, como forma de barrar as investigações que levaram o então prefeito e seus cúmplices à prisão, nas chamadas Operações "Tsunami" e "Longa Manus", da Decasp (Leia em Prefeito de Catende planejou morte de testemunha, diz Polícia Civil). Só em Catende, o prefeito do PSB teria desviado mais de R$ 30 milhões e cometido mais de 50 crimes.

https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/pernambuco/noticia/2016/08/22/prejuizo-por-corrupcao-custou-r-25-milhoes-ao-municipio-de-catende-249654.phpZ


Durante a coletiva de imprensa da Operação "Longa Manus", a delegada Patrícia  Domingos, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos, revelou que a quadrilha comandada pelo ex-prefeito de Catende, Otacílio Cordeiro, do PSB, tramou até afastá-la do caso: “Eles achavam que me tirando do caso eles conseguiriam amenizar a situação do procedimento”, destacou a delegada.




Interceptações telefônicas a que o Blog teve acesso e que constam de inquérito já enviado ao MPPE, também comprovam a movimentação de secretários do governo Paulo Câmara e até de um deputado federal ligado ao governo, para livrar Otacílio Cordeiro da prisão por meio de uma fraude processual a ser cometida em conluio com um coronel da PM e terceirizados do TJPE (leia em "GRAMPO" APONTANDO ENVOLVIMENTO DE DEPUTADO FEDERAL NO CASO DA TORNOZELEIRA DO PREFEITO DE CATENDE PODE DESLOCAR O CASO PARA STF e Esquema para justificar troca de tornozeleira eletrônica de ex-prefeito de Catende envolve políticos).



O Blog da Noelia Brito, que apoia o trabalho da Delegada Patrícia Domingos e de todas as autoridades que se dedicam à pesada missão de combater a corrupção num Estado em que o próprio governador, o prefeito da Capital, deputados, vereadores, empresários aliados mais próximos figuram como investigados em vários inquéritos não apenas da Decasp, mas principalmente da Polícia Federal, todos com autorização da justiça, não cansa de denunciar as tramoias de corruptos e corruptores para afastarem a delegada da Decasp, acreditando que com isso se livrarão das investigações (Leia em Máfia da Merenda estaria pressionando Governador Paulo Câmara para afastar delegada Patrícia Domingos que desbaratou esquema da ORCRIM. PF também investiga mesma máfia e Castelo de Farinha: Na surdina, Paulo Câmara extingue delegacia comandada por Delegada que prendeu empresários com contratos milionários com a Prefeitura do Recife e com o governo de Pernambuco ).

O "modus operandi" de corruptos e corruptores de Pernambuco de perseguir, prejudicar e até tentar destruir a reputação de quem denuncia seus malfeitos não surpreende a editora deste Blog, que já foi, ela mesmas, alvo de inquéritos administrativos forjados por corruptos para demiti-la de seu cargo de procuradora do Município do Recife, sem falar na enxurrada de ações movidas por denunciados por corrupção para calá-la e até afastá-la de seu cargo de procuradora. Até a Polícia Federal já interceptou corruptos denunciados tramando reuniões para perseguir a Editora deste Blog com ações em conversas onde confirmavam o ódio que o governo Paulo Câmara e Geraldo Júlio nutrem pela Editora deste Blog por denunciar seus malfeitos (CORONÉIS INDICIADOS POR CORRUPÇÃO NA OPERAÇÃO TORRENTES TRAMARAM AÇÕES PARA INTIMIDAR NOELIA BRITO.)

No estrito cumprimento de suas atribuições legais, de combate aos crimes contra a Administração Pública, a delegacia comandada pela delegada Patrícia Domingos foi responsável também pela prisão do empresário Romero Pontual Filho, dono da Casa de Farinha, empresa que detém, mediante fraudes, subornos e até ameaças de morte contra outros licitantes flagradas na Operação Castelo de Farinha, contratos milionários com o governo de Pernambuco e com prefeituras comandadas por aliados do governador, inclusive com as do Cabo de Santo Agostinho, onde o prefeito está preso por desvios de quase R$ 100 milhões da previdência dos servidores, na Operação Abismo, da Polícia Federal e na do Recife, comandada pelo vice-presidente do PSB, Geraldo Júlio, que renovou os contratos tidos como fraudulentos pelo TCE/PE e investigados pela Decasp e pela Polícia Federal, após receber, em seu próprio gabinete, o pai de Romero Pontual Filho, o ex-presidente da CEASA, Romero Pontual, apontado pela Polícia Federal como "homem forte do PSB".

Além disso, a DECASP desbaratou um esquema de corrupção que operava há anos dentro da Procuradoria da Fazenda Municipal do Recife, onde servidores comissionados e terceirizados utilizavam senhas roubadas dos procuradores daquela Procuradoria para baixarem débitos de sonegadores em troca de vantagens. No esquema estaria envolvido até um assessor de um vereador do Recife, conforme revelou um dos investigados, em depoimento à Decasp. A Decasp chegou a cumprir mandados de busca e apreensão de computadores na Procuradoria da Fazenda do Recife, localizada no empresarial Rio Mar.

São ainda investigados pela Decasp, por determinação do Ministério Público de Pernambuco, vereadores e deputados, inclusive os chefes dos poderes Legislativo de Câmaras Municipais e da Alepe, por peculato, em razão da manutenção de funcionários fantasmas em seus gabinetes e ainda da suspeita da prática conhecida como "retorno de gabinete", pela qual os funcionários "devolvem" aos parlamentares os valores que recebem pelas nomeações. Também foi da Decasp a Operação que resultou no afastamento do prefeito de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira, do PTB, e de seus secretários, por fraudes em licitações.

Tão logo foi reeleito, atendendo às pressões de aliados e de empresários que têm contratos com seu governo, Paulo Câmara enviou o malfadado projeto de lei para extinguir a Decasp e com isso finalmente conseguir afastar a delegada Patrícia Domingos de suas funções de combate à corrupção em Pernambuco (Assista em Projeto de lei quer extinguir delegacia de combate à corrupção em PE).

Após nossas denúncias se comprovarem mais um vez verdadeiras, a sociedade civil passou a repudiar publicamente a manobra que em última instância colabora para a blindagem de corruptos e corruptores, tendo a ADDEPE, Associação que congrega os Delegados de Polícia Civil dePernambuco se manifestado contrária à medida, no que foi acompanhada pelo Fórum Permanente de Combate à Corrupção no Estado de Pernambuco - FOCCO. Leiam a nota publicada no site da Procuradoria Regional da República da 5ª Região:

FOCCO/PE posiciona-se contra projeto de lei que visa a extinguir delegacia que combate a corrupção

Fórum defende preservação das Delegacias de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos - DECASP e de Crimes contra a Propriedade Imaterial - DEPRIM

O Fórum Permanente de Combate à Corrupção no Estado de Pernambuco - FOCCO/PE vem tornar público seu posicionamento contrário ao Projeto de Lei Ordinária n. 2066/2018, em trâmite em regime de urgência perante a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, que tem por objeto alterar a estrutura organizacional da Polícia Civil da Secretaria de Defesa Social do mesmo Estado, extinguindo as Delegacias de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos - DECASP e de Crimes contra a Propriedade Imaterial - DEPRIM.

Referido projeto de lei, sob o pretenso argumento de estruturar o combate ao crime organizado, contraria o interesse público, na medida em que enfraquece o combate à Corrupção no Estado, ao extinguir a Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Público - DECASP, órgão responsável por diversas operações de combate à corrupção realizadas no Estado de Pernambuco, as quais alcançaram envergadura e repercussão nacional, considerando sua complexidade e relevância para o desbaratamento e investigação de delitos de colarinho branco praticados por políticos e importantes empresários no Estado. Dentre as referidas operações, destacam-se as Operações Castelo de Farinha, Ratatouille, Samidarish e Longa Manus, Tupinambá e Comunheiro, que apuraram desde Crimes contra a Administração da Justiça até complexos esquemas de lavagem de dinheiro, corrupção e peculato.

Há de se lembrar que a especialização estrutural de delegacia voltada ao combate à corrupção, tal como a DECASP, tem angariado profissionais altamente preparados para investigação de crimes de colarinho branco. Sua extinção representa, portanto, forte retrocesso, considerando a primordial importância de manutenção da equipe presente, a qual detém “expertise” para a condução de futuras investigações de combate à corrupção no Estado, nos moldes daquelas exitosas operações já citadas.

Outrossim, atente-se para o fato de que se afigura insatisfatória para fins de repressão à corrupção nacional a criação de delegacia “especializada” no combate ao crime organizado, tendo em vista a generalidade ínsita ao termo, que abrange o combate aos mais diversos delitos, desde crimes contra a vida, contra o patrimônio e até delitos contra a Administração Pública.

Dessa forma, o FOCCO/PE manifesta publicamente seu posicionamento absolutamente contrário à mudança pretendida no PLO n. 2066/2018, defendendo a preservação da DECASP e a integralidade de seu corpo de policiais com excelência no combate à corrupção.

Recife, 25 de outubro de 2018
Coordenação do FOCCO/PE


O MPPE também questiona a medida do governador Paulo Câmara e de sua Secretaria de Defesa Social e convocou para hoje reunião com representantes da Secretaria para que deem explicações dobre a iniciativa que prejudica o combate à corrupção. Ao Ministério Público compete fazer controle externo da Polícia.

A proximidade de Paulo Câmara e de outras figuras de peso do PSB com Romero Pontual, pai do dono da Casa de Farinha, preso pela Delegada Patrícia, já haviam sido flagradas há tempos em interceptações telefônicas da Polícia Federal nas Operações Zelador e Farda Nova e não são novidade para ninguém no Estado de Pernambuco:




Paulo Câmara e 37 deputados de Pernambuco dizem "Ela Sim" pra corrupção e extinguem Delegacia que colocou a Máfia da Merenda na cadeia. GAECO do MPPE assume investigação da Máfia por causa da manobra do governo

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Apenas quatro deputados estaduais de Pernambuco disseram "não"à corrupção que toma conta de Prefeituras e Secretarias do Governo de Pernambuco votando contra o projeto de lei do governador Paulo Câmara que extingue a Decasp, Delegacia especializada no combate à corrupção e que indiciou quase 50 políticos, servidores e empresários por práticas corruptas, colocando na cadeia empresários donos de empresas ligadas à Máfia da Merenda, até então tidos como intocáveis. Foram contra a corrupção na votação de ontem os deputados Antônio Moraes (PP), Edilson Silva (PSOL), Priscila Krause (DEM) e Socorro Pimentel (PTB), os demais ou votaram a favor da corrupção ou se omitiram vergonhosamente, priorizando outras agendas. Dos que estiveram ausentes à votação, somente o deputado Álvaro Porto (PTB) justificou sua ausência em razão de licença médica para realização de uma cirurgia, mediante nota enviada ao Blog, onde ainda informou que se estivesse presente votaria contra o projeto.

Levantamento feito pelo site "CidadãoFiscal" apontou como votaram todos os deputados. Leiam a matéria completa em http://cidadaofiscal.org/blog/index.php/2018/10/30/alepe-aprova-a-extincao-da-delegacia-de-combate-a-corrupcao/ 

A iniciativa do governo Paulo Câmara de extinguir a Delegacia que combate a corrupção levou o Ministério Público Estadual, por intermédio do GAECO, a solicitar à justiça que todo o material probatório que foi apreendido pela Decasp na Operação Castelo de Farinha, que teve como alvo as atividades ilícitas da empresa Casa de Farinha em uma licitação de R$ 22 milhões, na cidade de Ipojuca, onde teria até ameaçado de morte outros licitantes, ficasse sob a guarda do Gaeco e que este passasse a ser o encarregado pela investigação que também inclui contratos milionários da mesma empresa com as prefeituras do Cabo de Santo Agostinho e do Recife e com secretarias estaduais, ambas comandadas por aliados do governador (Assista no Globoplay: http://globoplay.globo.com/v/7126130 - "MPPE assume investigação de fraude em compra de merenda escolar"). É clara a desconfiança de que a extinção da delegacia teria como objetivo dar um freio nas investigações contra empresa e órgãos próximos ao governador e aliados. A repercussão da extinção da Decasp é tal que foi matéria nacional da GloboNews (assista AQUI) e do G1 (Assista no Globoplay: http://globoplay.globo.com/v/7126109 - "NE2 Deputados aprovam projeto para extinguir delegacias de crimes contra administração pública")


Vejam como votou cada parlamentar, de acordo com levantamento do CidadaoFiscal:

"Dos 49 deputados estaduais de Pernambuco:
  • 4 (ou 8%) foram contra a extinção da delegacia
  • 37 (ou 76%) a favor da extinção da delegacia
  • (ou 16%) não compareceram a sessão.
Veja a lista completa da votação abaixo (também indicamos se o parlamentar foi eleito ou não nas eleições realizadas este mês).

Operação Abismo II: Empresa do prefeito preso do Cabo, Lula Cabral, é alvo de buscas e apreensões por suspeita de lavagem de dinheiro arrecadado com propinas na Caboprev

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Transportadora de Lula Cabral, prefeito do Cabo ligado ao PSB e preso preventivamente por desvio de mais de R$ 92 milhões da Caboprev, foi alvo de buscas e apreensões determinadas pelo TRF5, por suspeitas de lavagem de dinheiro arrecadado com propina

A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou na manhã de ontem, 31, a segunda fase da Operação Abismo visando colher mais provas dos crimes investigados relacionados ao desvio de recursos do Instituto de Previdências dos Servidores de um município da Região Metropolitana do Recife, envolvendo os gestores do município e da Autarquia Previdenciária, além de empresários e funcionários públicos. Ao todo foram cumpridos 10 (dez) mandados de busca e apreensão e 01 (uma) para a prisão preventiva de um empresário na cidade de Anápolis, Estado de Goiás. A prisão preventiva do empresário goiano que seria dono da empresa gestora dos títulos podres adquiridos pela Caboprev não se efetivou, pois o alvo não foi localizado e é considerado foragido da justiça. Para essa ação, 80 (oitenta) policiais federais foram mobilizados. 

As buscas foram realizadas em imóveis e empresas situadas no Cabo de Santo Agostinho, Distrito Industrial de Suape, Porto de Galinhas, Reserva do Paiva, Boa Viagem e Jaboatão dos Guararapes.

De acordo com o delegado Márcio Tenório, que comanda a Operação, uma empresa de um dos investigados teria sido alvo de buscas e apreensões em razão das suspeitas de que estaria sendo usada para lavagem do dinheiro da propina recebida por um dos sócios para que as fraudes de R$ 92 milhões na aquisição de títulos podres pela Caboprev fossem concretizadas. O Blog apurou que essa empresa seria a Transwinter, de propriedade do prefeito Lula Cabral, do Cabo, que se encontra preso preventivamente no Cotel, desde a deflagração da primeira fase da Operação Abismo. 

A Transwinter Transporte e Logistica Ltda. (CNPJ52.105.491/0001-39) tem Capital Social de R$ 1 milhão, sediada na cidade de São Paulo na R. Cabo Oscar Rossini, 651, Parque Novo Mundo e filial na Rod Pe 28 - Km 01, S/N, Galpao B, Distrito Industrial, Cabo De Santo Agostinho, apresentando como atividade principal o transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional, tendo como sócio, além de Lula Cabral, João Batista Cabral da Rocha. No mesmo endereço da Transwinter, em São Paulo, funciona outra empresa de Lula Cabral, a R4 Empreendimentos e Participacoes Ltda. (CNPJ 04.053.210/0001-07), dedicada à administração de imóveis próprios, com capital social de R$ 5 mil. O prefeito do Cabo ainda aparece como sócio de uma construtora com CNPJ 08.924.336/0001-52 e razão social Karanto Administracao de Bens e Empreendimentos Ltda, com endereço na Rua Cento E Sessenta E Três, 226, Sala 405 Bloco A, Garapu, Cabo De Santo Agostinho e capital social de R$ 2,3 milhões.

O delegado federal ainda confirmou a informação antecipada pelo Blog, na semana passada, de que outros municípios pernambucanos teriam sido procurados pela quadrilha e que são investigados para que se apure eventuais práticas criminosas nesses municípios procurados pelos alvos da Abismo.

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RELEMBRE A PRIMEIRA FASE OPERAÇÃO ABISMO

As investigações da Operação Abismo tiveram início em março de 2018 e segundo os dados coletados na investigação, que ainda se encontra sob sigilo, foram transferidos mais de R$ 90 milhões de reais do Instituto de Previdência dos Servidores de um município da Região Metropolitana do Recife - que antes se encontravam investidos em instituições sólidas – para fundos de investimento compostos por ativos “podres”, isto é, sem lastro e com grande probabilidade de inadimplência futura, colocando em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município.

No curso da investigação coletaram-se indícios de que a alteração na carteira de investimentos do Instituto de Previdência foi efetuada a mando do prefeito Lula Cabral do PSB, por meio de ingerência indevida na administração daquele órgão, em razão do oferecimento de vantagem indevida. 

Na primeira fase da operação 220 policiais federais cumpriram 64 (sessenta e quatro) ordens judiciais sendo 42 (quarenta e dois) mandados de busca e apreensão, 10 (dez) mandados de prisão preventiva e 12 (doze) mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal. As medidas foram determinadas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores depositados em contas em nome dos investigados. 

Os crimes que estão sendo imputados aos suspeitos são Lavagem de Dinheiro, Associação Criminosa, Crimes Financeiros, Corrupção Ativa e Passiva, cujas penas ultrapassam os 30 anos de reclusão. Os presos foram levados até a sede da Polícia Federal onde foram interrogados e logo em seguida encaminhados para os respectivos sistemas prisionais. 

* Com informações da Assessoria de Comunicação da PF/PE

Em segunda votação, deputados de Pernambuco aprovam extinção da Delegacia responsável por investigá-los por corrupção e outros crimes contra o Erário. Apenas seis deputados foram contra projeto de Lei de Paulo Câmara

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Foi aprovada ontem (31), em Segunda Discussão, proposição de autoria do governador Paulo Câmara, do PSB, que cria o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) na estrutura da Polícia Civil e extingue a Decasp, delegacia especializada no combate à corrupção praticada por servidores estaduais, vereadores, deputados e secretários estaduais. O Projeto de Lei nº 2066/2018, de acordo com o site da ALEPE (Leia AQUI )recebeu votos contrários apenas dos deputados Antônio Moraes (PP), André Ferreira (PSC), Augusto César (PTB), Bispo Ossesio Silva (PRB), Priscila Krause (DEM) e Socorro Pimentel (PTB).

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A matéria, que tramita, injustificavelmente, em regime de urgência, além de extinguir a Decasp, Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos, também extingue a Delegacia de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim). A medida provocou protestos no Plenário, na tarde dessa terça (30), quando foi aprovada em Primeira Discussão. Na manhã de ontem, houve novas manifestações nas galerias. 

Respondendo a questionamento dos eleitores, que repudiaram a votação a favor da medida que favorece a corrupção, a Bancada do PT, formada pelos deputados Odacy Amorim e Teresa Leitão, postou nota em suas Redes Sociais limitaram-se a dizer que teriam votado a favor de adiar a votação, mas ao final aprovaram por verem "com bons olhos o projeto". Assim como o PSB, o PT tem vereadores investigados pela Decasp, inclusive tendo sido afastados de suas funções por ordem judicial, em razão dessas investigações na cidade do Cabo de Santo Agostinho (leia em Vereadores desviaram R$ 1 milhão com 'funcionários fantasmas' no Grande Recife, diz polícia), onde o prefeito Lula Cabral, preso na Operação Abismo da Polícia Federal, por desviar R$ 92 milhões da Previdência dos Servidores, tem como assessor o vice-presidente do PT de Pernambuco Oscar Barreto, aliado de longas datas do PSB (leia em Defensor da aliança com PSB junto com Humberto Costa, Vice-Presidente do PT, Oscar Paes Barreto, tem cargo de Assessor na Prefeitura do Cabo, comandada por Lula Cabral, do PSB).



Apontada como beneficiária da extinção da Decasp, Casa de Farinha será investigada pelo GAECO, do MPPE, por contratos da Merenda Escolar e pelo Ofício de Combate à Corrupção do MPF por contratos para gestão do RU com a UFPE

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Nos bastidores, o que se comenta é que a iniciativa injustificável do governador Paulo Câmara de extinguir a Decasp, delegacia especializada em combater a corrupção nos órgãos estaduais, nas prefeituras municipais, nas Câmaras de Vereadores, da ALEPE teria como principal beneficiária a empresa Casa de Farinha, que foi alvo de duas Operações da delegacia, sob o comando da delegada Patrícia Domingos: as Operações Ratatuille e Castelo de Farinha, contra desvios de recursos destinados à merenda escolar nas prefeituras do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca, onde além de fraudes nas licitações, estão sendo investigadas denúncias de oferecimento de propina a agentes públicos e até ameaças de morte contra concorrentes.

Além dessas prefeituras, secretarias estaduais como as de Educação, Saúde e Ressocialização também estariam sob investigação da Decasp, por contratos que somados com aqueles das Prefeituras, inclusive a também investigada Prefeitura do Recife, comandada pelo principal aliado do governador, o prefeito Geraldo Julio, superariam os R$ 500 milhões.

Desconfiado de que a manobra legislativa do governador Paulo Câmara juntamente com deputados que lhe são aliados, de extinguir a Decasp, venha a prejudicar as investigações dos crimes atribuídos aos dirigentes da Casa de Farinha, que tem como sócio majoritário com 95% das ações, o empresário Romero Fittipaldi Pontual Filho, que chegou a ser preso temporariamente pela Operação Castelo de Farinha, da Decasp e que é filho do ex-presidente da CEASA Romero Fittipaldi Pontual, apontado como "homem forte do PSB", em relatório da Polícia Federal produzido na Operações Farda Nova, o Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Ipojuca, solicitou ao Gaeco, órgão especializado em investigar o crime organizado no âmbito do MPPE, que passasse a atuar em conjunto com aquela Promotoria nas investigações contra a Casa de Farinha. De posse de uma ordem judicial, o GAECO esteve na sede da Decasp e colheu todo o material apreendido pela Operação Casa de Farinha (leia em Sem a Decasp, MPPE segue investigação da Casa de Farinha e MPPE assume investigação de desvio de verba para merenda por causa de risco de extinção de delegacia)

Acesse no link Sem a Decasp, MPPE segue investigação da Casa de Farinha

Além do GAECO, do MPPE, o 5º Ofício de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal também passou a investigar a Casa de Farinha, após representação protocolada pela Editora deste Blog pedindo investigação dos contratos da Casa de farinha com a Universidade Federal de Pernambuco, para gestão do Restaurante Universitário daquela instituição de ensino federal.





A empresa Casa de Farinha S/A detém contrato com a Universidade Federal de Pernambuco, cuja finalidade é a gestão do Restaurante Universitário. Por esse contrato, que tem sido renovado reiteradamente, ano a ano, sem licitação, a Casa de Farinha já recebeu valores que superam a casa dos R$ 33 milhões.


Pelo contrato, oriundo do Pregão Eletrônico nº 16/2014, assinado em 18/03/2014, à empresa Casa de Farinha ficou garantido o recebimento de R$ 7.079.710,00 (sete milhões, setenta e nove mil, setecentos e dez reais), correspondentes ao subsídio pago pela Universidade Federal de Pernambuco pelas refeições servidas aos usuários do Restaurante:








A fonte dos recursos para custeio do Contrato é federal, oriundas do Tesouro Nacional, com o que se tem por evidenciada a competência do Parquet federal e da Polícia Federal para investigação dos fatos referentes a essa contratação e respectiva prestação dos serviços:





O Contrato foi assinado pelo Reitor da UFPE, Anízio Brasileiro e o acionista majoritário da Casa de Farinha, Romero Fittipaldi Pontual Filho, que teve sua prisão decretada na Operação Castelo de Farinha e que detentor de 95% das respectivas ações, em 18 de março de 2014, para ter validade de apenas 12 (doze) meses, entretanto, tem sido prorrogado indefinidamente e com reajustes anuais, sem que novas licitações sejam realizadas e muito embora sejam reportadas várias irregularidades no fornecimento dos alimentos aos usuários do Restaurante, notadamente no que concerne a sua qualidade e quantidade:





Apesar de ser público e notório que a empresa Casa de Farinha foi alvo de duas Operações por fornecer alimentos podres para crianças, alunos da rede pública de ensino no Estado, bem como por fraudes de toda ordem e até ameaças de morte, com decretação da prisão de dois de seus executivos, inclusive do sócio majoritário – 95% das cotas – Romero Pontual Filho, que também assina os contratos com a UFPE, e das recorrentes reclamações de alunos da própria UFPE quanto a qualidade das refeições servidas por essa empresa no Restaurante Universitário, havendo denúncias de que na comida já foram encontradas “larvas”, “pedras” e até “parafusos”, além de relatos de mal estar sofrido por alunos da UFPE, após a ingestão da comida servida pela Casa de Farinha naquele restaurante, relatórios que chegam a centenas de reclamações, o Reitor Anízio Brasileiro assinou o 9º Aditivo ao Contrato, o último deles em dia 02 de maio de 2018, com o que já são quatro anos de contrato com a Casa de Farinha ao custo aproximado de R$ 33,5 milhões em recursos federais que já teriam sido dispendidos pela UFPE com as refeições servidas a seus alunos fornecidos pela empresa Casa de Farinha.






É certo que os usuários do Restaurante Universitário da UFPE caracterizam-se como pessoas hipossuficientes financeiramente e que por tal razão só podem contar com as refeições servidas pelo chamado “RU” para sua subsistência, a exemplo do que ocorre com os alunos das escolas públicas. Causa espécie, portanto, que apesar do custo exorbitante que esse contrato representa aos cofres públicos, não venha sendo servida a alimentação contratada, segundo reportam os próprios alunos em centenas de reclamações manifestadas à Reitoria e em Redes Sociais, inclusive em Grupo do Facebook criado para abrigar a Comunidade Acadêmica daquela Universidade.


Importante mencionar que a cada aditivo de prorrogação contratual foram observados reajustes consideráveis do valor pago pela UFPE à Casa de Farinha.

De acordo com o 1º Termo Aditivo, assinado em 17/03/2015, para realizar a primeira prorrogação contratual, o valor do contrato subiu para R$ 7.701.641,50 (sete milhões, setecentos e um mil, seiscentos e quarenta e um reais e cinquenta centavos):
Pelo 2º Termo Aditivo, assinado em 16/03/2016, para realizar a segunda prorrogação contratual, o valor do contrato saltou para R$ 8.699.900,00 (oito milhões, seiscentos e noventa e nove reais e novecentos reais).
Pelo 3º Termo Aditivo, assinado em 17/03/2017, para prorrogar por mais 12 meses o contrato, este foi reajustado para R$ 9.250.450,00 (nove milhões, duzentos e cinquenta mil e quatrocentos e cinquenta reais):

Pelo 4º Termo Aditivo, assinado em 16/03/2018, para a mais recente prorrogação contratual, o valor do contrato passou a R$ 9.561.044,90 (nove milhões, quinhentos e sessenta e um mil, quarenta e quatro reais e noventa centavos):

No total, portanto, teriam sido realizados pagamentos da ordem de R$ 33.592.846,40 (trinta e três milhões, quinhentos e noventa e dois mil, oitocentos e quarenta e seis reais e quarenta centavos) para que a Casa de Farinha fornecesse refeições para os alunos da UFPE, em seu Restaurante Universitário, por um Contrato renovado quatro vezes, sem licitação, oriundo de um Pregão Eletrônico vencido pela Casa de Farinha em 2014.

Apesar do valor milionário repassado pela UFPE à Casa de Farinha e das expressas indicações contratuais quanto ao Cardápio a ser servido, que deixam aparentar qualidade e quantidade compatíveis com os valores acordados, os alunos testemunham que o contrato não estaria sendo cumprido a contento no que concerne ao fornecimento.

Pesquisa realizada na página pessoal da noticiante, no Facebook, recolheu cerca de 165 depoimentos dando conta da má qualidade da alimentação fornecida àqueles alunos da UFPE, pela Casa de Farinha, numa quase unanimidade. Os relatos incluem falta de higiene, mau atendimento e presença de insetos e objetos na comida, tais como, pernas de baratas, larvas, porcas e parafusos, cabelos, dentre outros. Há ainda relatos de comida estragada sendo servida a ponto de provocarem infecções intestinas nos alunos. Conforme alguns relatos, reclamações levadas à Reitoria são respondidas com ameaças de corte dos subsídios e aumento no valor cobrado, numa verdadeira chantagem contra estudantes carentes que só dispõem daquele restaurante para sua subsistência. As denúncias podem ser conferidas no link https://www.facebook.com/noeliabritoblog/posts/1852199161470913 . Coletamos alguns prints dessas denúncias a título ilustrativo: 


































Diante das graves denúncias dos alunos da UFPE realizadas no Facebook da Editora deste Blog e do fato da empresa Casa de Farinha já ser alvo de várias denúncias e até de operações policiais envolvendo fraudes em licitações e má prestação dos serviços contratados com recursos públicos, o Blog da Noelia Brito que tem como princípio e linha editorial a defesa do interesse público e o combate à corrupção sistêmica que assola o Estado de Pernambuco, representou, hoje, conforme inclusive prometido aos alunos denunciantes e vítimas dos maus serviços prestados pela Casa de Farinha junto ao RU da UFPE, ao Ministério Público Federal, pedindo a instauração de procedimento investigatório nas esferas cível e penal de modo a serem apuradas as denúncias feitas pelos alunos da UFPE quanto aos serviços prestados pela Casa de Farinha àquela Universidade, bem como das razões pelas quais a Reitoria tem sistematicamente ignorado tais denúncias, insistindo em prorrogar, sem qualquer licitação, os contratos com empresa alvo de operações policiais por fraudes, ameaças e por servir alimentos estragados para alunos da rede pública.












Pacientes denunciam falta de medicamento para doença grave de pele na Farmácia do Estado de Pernambuco há cinco meses. Pacientes têm dependido de favores de outros pacientes de Estados que estão em dia com o fornecimento

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Bebê com Ictiose Arlequim (foto ilustrativa)

Pacientes que dependem da Farmácia do Estado, mantida pela Secretaria de Saúde do governo de Pernambuco, para o tratamento  da Psoríase e da Ictiose (conhecida popularmente como "escama de peixe") denunciam a falta do medicamento Acitretina.

As Ictioses  são doenças de pele incuráveis e crônicas e exigem tratamento permanente e tem a Acitretina como medicamento indicado ao tratamento que traz alívio aos pacientes.

De acordo com a Nota Técnica N° 211/2013, da Advogacia Geral da União, este medicamento está disponível no SUS nas formas de apresentação cápsula de 10mg e 20mg e deve ser disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) para o tratamento de Ictiose hereditária (CID10: L44.0, Q80.0, Q80.1, Q80.2, Q80.3, Q80.8, Q82.8) e Psoríase(CID10: L40.0, L40.1, L40.4, L40.8).

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da ictiose hereditária está regulamentado por meio da Portaria SAS/MS no 13 - 15/01/2010, onde se observa as diretrizes terapêuticas de tratamento da enfermidade.

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Psoríase está regulamentado por meio da Portaria No 1229, de 5 de novembro de 2013 , onde se observa as diretrizes terapêuticas de tratamento da enfermidade.

Esse medicamento é regulamentado pela Portaria no 1554 de 30 de julho de 2013. Segundo tais normas, editadas em consenso por todos os entes políticos da federação, cabe às Secretarias Estaduais de Saúde - SES programar o quantitativo de todos os medicamentos que fazem parte desse Componente. À União cabe financiar os medicamentos do Grupo 1B, cabendo às SES adquirir e dispensar à população os medicamentos do Grupo 1B. O medicamento acitretina pertencente ao Grupo 1B. Portanto, é indubitável que o Estado de Pernambuco recebe recursos do SUS para adquirir o medicamento e distribuí-los à população,

De acordo com os usuários, que procuraram nosso Blog para fazer a denúncia, o medicamento já estaria em falta na Farmácia do Estado há pelo menos cinco meses, causando transtornos irreparáveis a esses pacientes que devido à falta da medicação já apresentam quadros de depressão, já que as doenças que lhes as afligem, a depender do grau apresentado das moléstias, causam a desfiguração em razão da descamação da pele e de forte ardência. Há relatos de pessoas que já estariam cogitando o suicídio por não suportarem os efeitos que tais moléstias têm lhes causado em razão da falta da medicação que não está à venda em farmácias comerciais.

Paciente com Ictiose Lamelar (foto ilustrativa)
Ainda segundo os pacientes que procuraram nosso Blog, a Secretaria de Saúde alega que estaria fazendo licitação para aquisição do medicamento, entretanto, os pacientes procuraram os Laboratórios fabricantes que confirmaram que o Estado de Pernambuco seria o único que não teria comprado o remédio, ao passo que todos os demais Estados da Federação já teriam realizado a compra. Alguns usuários teriam conseguido a medicação com pessoas conhecidas que têm as mesmas doenças e que moram em Estados que estão com o fornecimento em dia.

Os pacientes do interior do Estado ainda revelaram que para obter o medicamento têm que se deslocar para a Capital, onde fica a sede da Farmácia do Estado e que a cada três meses apresentam um laudo que os confirma como usuários da medicação.

Vários canais de denúncias teriam sido utilizados pelos usuários, sem que qualquer providência tenha sido levada a efeito, relatam.

Nosso Blog espera que a sempre atuante Promotoria de Defesa da Saúde do MPPE tome providências para que o Estado de Pernambuco adquira o quanto antes a medicação e regularize seu fornecimento. Por outro lado, seria bastante oportuno que o Ministério Público  Federal investigasse se o Estado de Pernambuco tem recebido os recursos federais para aquisição do medicamento e estaria desviando-os de finalidade, já que os usuários relatam que nos demais Estados da Federação, o medicamento não estaria em falta, o que estaria ocorrendo apenas em Pernambuco.


MPCO pede ao TCE/PE cautelar para anular Pregão da Secretaria de Saúde da PCR por desclassificação de licitante que ofertou preço R$ 1,3 milhão menor que vencedora

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A Procuradora Geral do Ministério Público de Contas com atuação junto ao TCE/PE, Germana Laureano, pediu, no último dia 29 de outubro, ao Conselheiro Valdeci Pascoal, relator das Contas da Secretaria de Saúde do Município do Recife referentes ao exercício de 2018, uma medida cautelar, para anular o Pregão Eletrônico nº 19/2018-CPLE, Processo Licitatório no 20/2018, cujo objeto é a “(...)contratação de empresa especializada na prestação de serviços de coleta e entrega de processos e documentos, com a utilização de motocicletas com condutores habilitados – MOTOFRETE(...)”, para atender as demandas da Secretaria de Saúde do Município do Recife, pelo período de 12 (doze) meses, com o valor máximo estimado de R$ 5.417.169,67.

De acordo com o MPCO, a empresa UNIMOTO BRASIL – Cooperativa de Transporte Motociclístico de Encomendas, apesar de apresentar o "menor preço" na licitação, foi desclassificada em virtude do contido na cláusula 3.8, alínea “j” do edital (fl. 70 do processo licitatório), que proíbe "cooperativa de mão de obra, conforme Termo de Conciliação Judicial firmado entre o Ministério Público do Trabalho e a União. (...)”.

Ainda conforme o MPCO, a referida cláusula do edital utilizada pela Secretaria de Saúde para desclassificar a UNIMOTO Brasil, "é fundamentada no Termo de Conciliação Judicial firmado entre o Ministério Público do Trabalho e a União, ocorrido na Ação Civil Pública no 01082-2002-020-10-00-0, Vigésima Vara do Trabalho de Brasília, no qual a União Federal se compromete a não mais contratar cooperativas que atuem em atividades como serviços de limpeza, office boy (contínuo), conservação e manutenção de prédios, de equipamentos, de veículos e instalações, dentre outros, em virtude do entendimento ali firmado de que tais trabalhos demandam a execução dos serviços em estado de subordinação, quer em relação ao tomador, quer em relação ao fornecedor dos serviços, constituindo este um elemento essencial à prestação dos serviços."

A Pregoeira ainda informou ao MPCO que "a impossibilidade de participação de cooperativas quando o objeto demandar subordinação jurídica entre o obreiro e o contratado, assim como pessoalidade e habitualidade" teria por lastro, ainda, "a Súmula no 281 do Tribunal de Contas da União" que dispõe: “Súmula no 281. É vedada a participação de cooperativas em licitação quando, pela natureza do serviço ou pelo modo como é usualmente executado no mercado em geral, houver necessidade de subordinação jurídica entre o obreiro e o contratado, bem como pessoalidade e habitualidade.”

Portanto, diz o MPCO, "o modo como será prestado o serviço de entrega de processos e documentos através de motocicletas, será sob demanda, onde, de um lado, o órgão que está necessitando do transporte solicita através da Central de Serviços da contratada a demanda, e de outro, será indiferente qual motoqueiro prestará o serviço, bastando que qualquer um dele o faça, inexistindo, assim, as características de subordinação, pessoalidade e habitualidade".

"O contexto para o qual mencionado Termo de Conciliação, bem como a Súmula no 281 do TCU, são aplicáveis não é o que está posto em análise, descrito no edital do Pregão Eletrônico no 19/2018 (fls. 66-107 do processo licitatório), de modo a não restar desautorizada a participação de cooperativas no processo licitatório em exame", afirma o MPCO para consolidar seu entendimento pela ilegalidade da desclassificação da Cooperativa que apresentou menor preço.

Não há, por exemplo, no edital, diz o MPCO "a exigência de destacamento de equipe específica e constante para determinados órgãos, ou ainda, a previsão de exclusividade dos motoqueiros na prestação dos serviços contratados durante toda a jornada de trabalho - características estas que, sem dúvidas, afastariam a possibilidade de execução dos serviços por uma cooperativa."

Por fim, destaca "que no caso concreto, a eventual classificação da “UNIMOTO BRASIL – Cooperativa de Transporte Motociclístico de Encomendas” - desde que verificado o cumprimento aos requisitos supra elencados - e ultrapassada a regular análise dos seus documentos de habilitação, ocasionaria uma economia ao erário de aproximadamente R$ 1.375.780,00, tendo em vista ser esta a diferença entre a sua proposta e a da arrematante do objeto licitado."

"Pelo exposto, considerando que o regime de execução do serviço de coleta e entrega de processos e documentos, através da utilização de motocicletas - MOTOFRETE, como descrito no edital, permite a prestação do serviço através de cooperativas; considerando ter havido a irregular desclassificação da “UNIMOTO BRASIL – Cooperativa de Transporte Motociclístico de Encomendas”, em virtude da cláusula restritiva 3.8, alínea “j” do edital, em conjunto com a Súmula no 281 do TCU; considerando que a previsão de tal cláusula no edital fere o Art. 3o, §1o, I da Lei de Licitações, assim como o Art. 10, §2o da Lei no 12.690/2012; considerando que a referida desclassificação pode ocasionar prejuízo ao erário da ordem de, no mínimo, R$ 1.375.780,00, haja vista, de um lado, ser esta a diferença entre o valor ofertado pela cooperativa UNIMOTO Brasil e aquele ofertado pela empresa arrematante, e, de outro, a possibilidade de a cláusula restritiva ter afastado a participação de outras cooperativas do processo licitatório; considerando, ademais, que para o serviço ser desempenhado por cooperativa, a administração deve, obrigatoriamente, verificar o modelo de gestão operacional a ser apresentado pela mesma; e, por fim, considerando a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, requer o MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DE PERNAMBUCO a concessão de MEDIDA CAUTELAR, inaudita altera pars, de forma monocrática, determinando à Secretaria de Saúde do Município do Recife que promova a anulação do Pregão Eletrônico no 19/2018, Processo Licitatório no 20/2018, haja vista a indevida desclassificação da cooperativa “UNIMOTO BRASIL – Cooperativa de Transporte Motociclístico de Encomendas”, licitante que ofertou o menor preço, deflagrando-se uma nova licitação, desta feita, sem a cláusula restritiva 3.8, alínea “j” do edital, devendo demonstrar, contudo, caso sobrevenha a participação de cooperativas, de maneira cumulativa e obrigatória:
i) a listagem do quantitativo de associados suficiente para atender as demandas postas no edital, acompanhada do respectivo documento comprobatório;
ii) que os serviços serão executados exclusivamente pelos cooperados, que devem possuir autonomia, sem, portanto, qualquer subordinação entre a cooperativa e os cooperados, nem entre a Administração e os cooperados, afastando a caracterização de habitualidade e pessoalidade; e
iii) que a gestão operacional do serviço será executada de forma compartilhada ou em rodízio, inclusive no tocante às atividades de coordenação, supervisão e preposto eventualmente necessárias, que deverão ser realizadas pelos cooperados de forma aleatória ou alternada, para que tantos quanto possíveis venham a assumir tal encargo.
Nestes Termos,
Roga e Aguarda Deferimento; Recife, 29 de outubro de 2018.
Germana Galvão Cavalcanti Laureano
Procuradora-Geral do Ministério Público de Contas"


RELATOR DEFERIU MEDIDA

"Em cognição sumária própria de pedido de cautelar, vislumbra-se a plausibilidade das irregularidades e riscos de dano ao Erário municipal no certame em apreço, destacando: - haver, a princípio, cláusula restritiva no Edital, 3.8, em que se veda a participação de Cooperativas; - provável desclassificação irregular da Cooperativa UNIMOTO BRASIL – Cooperativa de Transporte Motociclístico de Encomendas, porquanto não se observa vínculo de subordinação, pessoalidade e habitualidade, entre essa Cooperativa e a Secretaria Municipal; - provável vultoso prejuízo aos cofres públicos com a contratação irregular sob exame, o que vai de encontro a princípios basilares da República e Administração Pública, insculpidos na Constituição Federal", afirmou Valdecir Pascoal, ao deferir a cautelar.

O relator determinou, ainda, que "a Secretaria suspenda a execução contratual e, por conseguinte, os pagamentos, até o exame final de mérito". O voto do relator, acatando a representação do MPCO, foi aprovado por unanimidade pelos demais conselheiros da Primeira Câmara do TCE. Além disso, um novo processo de auditoria especial foi aberto para acompanhar o cumprimento desta cautelar e analisar as defesas a serem apresentadas pela Prefeitura do Recife.

POLÍCIA FEDERAL DESCOBRE POSSÍVEIS IRREGULARIDADES ENVOLVENDO UNINASSAU E MEC E MPF/PE INSTAURA PROCEDIMENTO PARA INVESTIGAR DENÚNCIA

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Por meio da Portaria de Instauração nº 161/2018, no Procedimento Preparatório nº 1.26.000.01216/2018-68, assinada pelo Procurador da República Alfredo Carlos Gonzaga Falcão Junior, a Procuradora da República em Pernambuco determinou a instauração do  Inquérito Civil no 1.26.000.001216/2018-68, para investigar "situação observada no Ofício no 91/2018-COR/SR/PF/PE, remetido pela Corregedoria Regional da Polícia Federal, encaminhando documentação registrada sob o no 08420.011523/2017-25, noticiando eventuais irregularidades praticadas pela UNINASSAU, em processo de reconhecimento de qualidade de instituição de ensino superior no Rio Grande do Norte, perante o Ministério da Educação - MEC'."

A Portaria ainda determina que seja reiterado ofício para que o Ministério da Educação e Cultura preste esclarecimentos sobre o caso, uma vez que o MEC não teria respondido a ofício anterior: "tendo em vista que o Ministério de Educação e Cultura ainda não respondeu as indagações formuladas por este parquet por meio do ofício, reitere-se os termos do documento, assinalando prazo de 15 (quinze) dias úteis para resposta."

Segue o inteiro teor da Portaria:
Procedimento Preparatório no 1.26.000.001216/2018-68

PORTARIA DE INSTAURAÇÃO No 161/2018

O Ministério Público Federal, pelo Procurador da República que esta subscreve, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais, com fundamento nos artigos 127, caput e 129, III, da Constituição Federal, bem como no artigo 6o, VII, da Lei Complementar n.° 75, de 20 de maio de 1993, e;

Considerando que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais, conforme preceitua o art. 127 da Constituição da República;

Considerando ser função institucional do Ministério Público promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública para a proteção do patrimônio público e social e de outros interesses difusos e coletivos, nos termos do art. 129, inciso III da Constituição Federal;

Considerando o teor da Resolução n° 87 do Conselho Superior do Ministério Público Federal, com redação conferida pela Resolução no 106 do CSMPF, de 6 de abril de 2010;

Considerando o esgotamento do prazo de tramitação do procedimento, e a necessidade de prosseguir em sua instrução até o deslinde dos fatos;

Resolve instaurar o Inquérito Civil no 1.26.000.001216/2018-68, determinando:

1) Registro e autuação da presente Portaria, acompanhada do Procedimento Preparatório supracitado, assinalando como objeto do Inquérito Civil "apurar situação observada no Ofício no 91/2018-COR/SR/PF/PE, remetido pela Corregedoria Regional da Polícia Federal, encaminhando documentação registrada sob o no 08420.011523/2017-25, noticiando eventuais irregularidades praticadas pela UNINASSAU, em processo de reconhecimento de qualidade de instituição de ensino superior no Rio Grande do Norte, perante o Ministério da Educação - MEC".

2) Nomeação, mediante termo de compromisso nos autos, da servidora Laís Abath, matrícula no 26823, ocupante do cargo de Técnico Administrativo, nos termos do art. 4o, da Resolução no 23/2007 - CNMP e art. 5o, V, da Resolução n. 87/2006 do CSMPF, para
funcionar como Secretária;

3) Comunicação à 1a Câmara de Coordenação e Revisão - Consumidor e Ordem Econômica do Ministério Público Federal da instauração do presente Inquérito Civil, nos termos do art. 6o, da Resolução no 87 do CSMPF, solicitando-lhe a publicação desta Portaria no Diário Oficial da União (art. 4o, VI, Resolução no 23 CNMP e art. 16, §1o, I, Resolução no 87 CSMPF);

4) Publicação deste ato no portal eletrônico que a Procuradoria da República no Estado de Pernambuco mantém na rede mundial de computadores.

A fim de serem observados o art. 9o da Resolução no 23 do CNMP e o art. 15 da Resolução no 87 do CSMPF, deve ser realizado o acompanhamento de prazo inicial de 01 (um) ano para conclusão do presente inquérito civil, mediante certidão nos autos após o seu transcurso.

Por fim, tendo em vista que o Ministério de Educação e Cultura ainda não respondeu as indagações formuladas por este parquet por meio do ofício, reitere-se os termos do documento, assinalando prazo de 15 (quinze) dias úteis para resposta.

Recife/PE, 29 de outubro de 2018.

Alfredo Carlos Gonzaga Falcão Júnior
Procurador da República



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